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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Dicas Inteligentes

Cartilha da Musculação

dicas e novidades


Acabou o tempo das oposições extremas, quando musculação era ou objeto de ódio ou de veneração. Hoje, é indispensável para a saúde e a qualidade de vida. Veja como anda essa força nesta cartilha de A a Z, feita com um monte de especialistas.

Anabolizantes
Quando usados por pessoas saudáveis, esses hormônios sintéticos causam, além da hipertrofia muscular, sérios danos, alerta Vladimir Modolo, do Centro de Estudos em Psicobiologia do Exercício da Unifesp. "O excesso de testosterona, no homem, diminui a produção de esperma e a capacidade de ereção e causa o crescimento das mamas; na mulher, faz crescer pelos no corpo e no rosto e engrossa a voz. Em ambos, pode causar problemas cardíacos e tumores", diz.

Aeróbico e anaeróbico
Exercícios envolvendo grandes grupos musculares, feitos de forma rítmica, como corrida, natação e caminhada, são aeróbicos -não interferem no suprimento de oxigênio para o organismo. Sua prática reduz a pressão arterial, a gordura corporal e o risco de doenças cardiovasculares. Já a musculação é exercício anaeróbico, de curta duração e alta intensidade. "Entre os benefícios estão o aumento da força e da resistência de tendões e ligamentos, redução da gordura e aumento da massa muscular", afirma Valmor Tricoli, professor da Escola de Educação Física e Esporte da USP. O ideal é praticar os aeróbicos e anaeróbicos em dias alternados. "Cada um causa mudanças adaptativas no corpo que 'brigam' entre si", diz Bernardo Neme Ide, do Labex (Laboratório da Bioquímica do Exercício) da Unicamp.

Biomecânica
Como o nome já entrega, essa ciência investiga o movimento sob aspectos mecânicos, suas causas e seus efeitos no corpo. "Nos exercícios de força, você coloca uma carga extra sobre ossos e articulações. Nessa situação, é fundamental observar o alinhamento dos segmentos -como a cabeça em relação ao tronco ou o quadril em relação aos pés- para ativar corretamente os grupos musculares envolvidos e evitar a formação silenciosa de lesões", explica Luiz Fernando Alves, formado em esportes pela USP, com especialização em biomecânica. Segundo ele, alguns ajustes biomecânicos previnem machucados e dores e aumentam a eficácia do treino. Um exemplo: em qualquer exercício feito em pé, o peso do corpo deve estar na parte anterior (frente) dos pés. Isso facilita o trabalho dos abdominais e distribui melhor a carga entre as vértebras da coluna.

Creatina
Chegou neste mês às farmácias do país um medicamento à base de creatina, aprovado para pacientes que sofrem de distrofia muscular. O remédio só deve ser vendido com apresentação de receita. Presente naturalmente nos músculos e na carne bovina, a creatina é vendida sem restrições nos EUA e usada por atletas para melhorar a performance, já que está envolvida no processo de contração muscular intensa e rápida. No Brasil, vem sendo consumida clandestinamente, mas deverá ter sua venda como suplemento liberada até o meio do ano. O suplemento, além de repor o estoque natural de creatina (queimado na atividade física), faz o atleta se recuperar mais rápido. Mas não é indicado para qualquer um, apenas para os de alto rendimento e modalidades esportivas específicas, como halterofilismo. "Acredita-se que ela aumente a massa muscular, mas, se consumida em excesso, aumenta a quantidade de água dentro do músculo. Isso pode sobrecarregar rins e fígado", explica Jomar Souza, médico do esporte e presidente eleito da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

Descanso
O ganho de massa e força muscular ocorre após o exercício. "Durante o treino, não ganhamos, perdemos: para gerar a energia necessária às contrações, as proteínas do músculo se degradam, o que causa microlesões no tecido e um processo inflamatório. O corpo começa, então, um processo de recuperação em que, além de repor as proteínas, gera um pouco mais delas, aumentando massa muscular. Para isso, precisamos de repouso e de alimentação adequada", diz Dilmar Pinto Guedes Jr., do Cepe (Centro de Estudos da Fisiologia do Exercício) da Unifesp. É no repouso que começamos a produzir hormônios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1), que "avisa" ao corpo que ele precisa produzir moléculas de proteína, segundo Denise Vaz de Macedo, coordenadora do Labex. Dormir bem também é fundamental, para produzir o GH (hormônio do crescimento), outra substância responsável pela construção do tecido muscular. Para esse processo acontecer, os músculos exercitados não devem ser submetidos à sobrecarga por um período que varia de 24 a 72 horas. "Se a dor muscular causada pelo exercício ainda estiver incomodando, é sinal de que o processo ainda não se completou", sugere Macedo.

Explosão
O exercício de explosão exige grande quantidade de força em alta velocidade. "São bons para melhorar a performance em esportes, mas a definição e a hipertrofia não são tão significativas quanto nos exercícios convencionais de musculação", diz Bernardo Neme Ide, do Labex. Movimentos de explosão não são indicados para iniciantes.

Envelhecimento
Exercícios de força podem evitar, diminuir ou reverter parte da perda muscular que ocorre na velhice. "O aumento no volume dos músculos eleva a sua força para as atividades físicas diárias, dando ao idoso maior autonomia", diz a nutricionista Mirtes Stancanelli. "As articulações ficam mais protegidas, o equilíbrio e a postura melhoram, diminuindo o risco de quedas", diz o cardiologista José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Exercício.

Flexibilidade
A musculação em si não diminui a flexibilidade nem encurta os músculos, afirma Dilmar Pinto Guedes Jr. "O que pode atrapalhar são movimentos feitos da forma errada, levando a erros posturais que acabam diminuindo a amplitude dos movimentos de algum grupo muscular", diz.

Fadiga
Para realizar as contrações, usamos a energia estocada nas células dos músculos. Quando esse estoque acaba, por mais que o cérebro "ordene" o movimento, o músculo para de se contrair e entramos em fadiga muscular. "É um sistema de defesa do músculo, que não permite que o esforço continue após o seu limite. Se, depois disso, for feito um descanso suficiente, ele se recupera", diz Madolo. Mas Cohen alerta que, quando chegamos à fadiga, já ultrapassamos nossos limites e o risco de lesões aumenta bastante.

Fibra rápida e fibra lenta
A musculação pode priorizar o trabalho de um ou de outro tipo de fibra, dependendo do objetivo. "Uma complementa a outra", diz a professora da Faculdade de Educação Física da Unicamp Mara Patrícia Chacon-Mikahil. Fibras musculares "lentas" têm maior quantidade de nervos por unidade. "Essa característica permite que os movimentos sejam feitos com maior precisão e controle. Assim, o músculo trabalha por mais tempo, o risco de lesão é menor e o treino ainda melhora a coordenação. Evita-se, dessa forma a famosa 'roubadinha', que muitas vezes machuca os ossos e as articulações", diz Luiz Fernando Alves, treinador da clínica Força Dinâmica. Já as fibras rápidas têm menor número de neurônios ligados em cada unidade. Os exercícios, para essas, duram poucos segundos, pois elas entram em fadiga rapidamente. "Essas fibras aumentam mais de volume que as outras, mas um grande aumento da massa muscular só é conseguido com cargas elevadíssimas. Se o objetivo é a qualidade de vida, o treino deve ser feito com uma carga adequada, para que a pessoa faça mais séries e repetições", recomenda.

Hipertrofia
O aumento de massa muscular ocorre quando o músculo, após "gastar" suas proteínas para realizar as contrações, começa a produzir novas e mais proteínas. Segundo Vladimir Madolo, do Cepe, com exercícios, descanso e alimentação adequados, é possível aumentar até 50% da massa muscular naturalmente -ou seja, sem o uso de drogas anabolizantes.

Hipertensão
Segundo o cardiologista José Lazzoli, trabalhos científicos mostram que a musculação diminui a pressão arterial. Esse efeito é maior no exercício aeróbico, mas, nas duas atividades, a pressão permanece em níveis mais baixos por 24 horas. "Há um aumento fisiológico da pressão na hora da execução do exercício, mas não há risco de a musculação causar um pico hipertensivo", afirma.

Isométrico e isotônico
Isométrico é quando o músculo não muda de comprimento durante o exercício: a contração é mantida por, no mínimo, 30 segundos, sem movimento articular. Isotônico é o exercício mais usado nas aulas de musculação. A articulação se move, fazendo que o músculo se contraia e se estenda, empregando a mesma quantidade de força para mudar o seu comprimento. "É mais usado quando há lesões articulares, para fortalecer o músculo antes de retornar às atividades habituais", diz Ricardo Nahas, diretor científico da SBME.

Joelho
Exercícios de força tanto podem detonar quanto fortalecer e proteger os joelhos. Um cuidado é fazer o exercício aeróbico sempre antes da musculação, na visão do fisioterapeuta Marcelo Semiatzh, da Força Dinâmica: "O treino produz uma interferência neurológica que vai dificultar o controle da perna depois, na corrida ou na caminhada. Na cadeira extensora da sala de musculação, por exemplo, a pessoa fica estendendo a tíbia e forçando a hipertensão do joelho. Se ela sai dali para caminhar, vai reproduzir esse movimento na marcha e expor o joelho a um risco maior", argumenta Semiatzh. Na concepção dele, é importante, também, observar a rotação externa dos joelhos durante os exercícios, tentando vencer a tendência que temos de virar os joelhos para dentro quando realizamos os movimentos ou mesmo quando estamos parados de pé.

Lesões
Realizar movimentos repetitivos da forma errada, não respeitar o período de descanso para a recuperação do músculo e usar cargas muito pesadas são as principais causas das lesões relacionadas à musculação. "Um movimento que desloca a articulação para um lado errado repetido cronicamente pode fazer com que, em atividades cotidianas, como andar, a articulação posicione o sistema musculoesquelético de forma inadequada, prejudicando não só a articulação como a postura como um todo", diz Madolo. O movimento ou a postura errada podem fazer com que outro grupo muscular, não envolvido diretamente no exercício que está sendo realizado, faça movimentos compensatórios, para suportar o esforço, e acabem se lesionando.

Os movimentos repetitivos também podem fazer com que as microlesões nos músculos e nas articulações aumentem e que o processo inflamatório, que é a resposta do corpo para se recuperar dessas lesões, se torne crônico. "Além da inflamação crônica, isso pode levar à ruptura do músculo ou do tendão", acrescenta Madolo. Se as microlesões se cronificarem nos tendões, podem virar tendinite (inflamação no local) ou tendinose, que é a degeneração do tendão, segundo Nahas.
A ruptura do músculo também pode ocorrer quando ele é submetido à uma carga para a qual ainda não está adaptado. "O excesso de peso sobre a musculatura pode causar ruptura ou distensão muscular, ruptura ou inflamação do tendão ou fratura óssea por estresse", diz Moisés Cohen. O esforço repetitivo também pode levar à fratura óssea por estresse, segundo ele.

Multiarticulares
São os exercícios que movimentam mais de uma articulação e, por consequência, mais de um grupo muscular. Estão mais próximos dos movimentos fisiológicos, que incluem várias cadeias musculares realizando forças opostas, de contração e extensão. "Os multiarticulares são mais complexos, ativam mais o circuito neuromuscular e neuromotor e facilitam a aquisição da 'memória' do movimento, já que correspondem melhor à forma com que nos movimentamos nas atividades habituais", diz Nahas.

Neuromuscular e neuromotor
O sistema neuromuscular é a ligação do cérebro com os músculos, que faz o movimento ou o gesto acontecer. "O cérebro manda a mensagem 'contrair' e os neurônios a levam até o músculo. Ela chega às terminações nervosas dos músculos e articulações, o sistema neuromotor, que responde com o movimento", diz Madolo. Ou seja, todo trabalho de musculação começa na cabeça. A forma inteligente de treinar é imaginar antes o movimento que será executado, ativando assim o sistema neuromuscular e favorecendo a postura e a execução corretas do movimento. "Além disso, pesquisas apontam que esse trabalho cerebral prévio aumenta a estimulação das fibras musculares, o que teoricamente pode aumentar o ganho de massa muscular", conta Madolo.

Osteoporose
A musculação previne e combate a perda da densidade do osso, que caracteriza a osteoporose. "Ela funciona como uma poupança: a pessoa perde menos músculo e de forma mais lenta, mantendo a boa qualidade do osso", diz Márcio Passini, presidente do Comitê de Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Segundo ele, quem tem osteoporose deve trabalhar os abdominais e a musculatura da cintura, para fortalecer a coluna, e fazer exercícios de marcha com peso, para beneficiar o quadril --regiões mais atingidas pela perda óssea.

Proteínas
Se os músculos aumentam de volume, é preciso consumir mais proteínas. Mas nem tanto. "Quem frequenta a academia e está aumentando a massa muscular precisa consumir entre 1,4 g e 2 g de proteína por quilo de peso", diz Scantanelli. Por exemplo: quem pesa 70 kg supre essa necessidade diária com 1 xícara de leite, 1 pote de iogurte, 100 g de filé de frango, 100 g de peixe e 30 g de queijo (nada que supere um padrão normal de refeições). "O corpo não faz reserva de proteína. O excesso é eliminado pela urina, usado para produção de energia ou vai se acumular em forma de gordura", diz Denise Denise Vaz de Macedo, do Labex. Como o excesso de proteína também atua no processo de formação de cristais, pode levar à formação de pedras nos rins, segundo Scantanelli.

Propriocepção
É a capacidade de perceber a posição e o movimento do corpo no espaço e adaptar articulações e músculos para manter o equilíbrio. "Nos ligamentos, temos neurônios que informam ao cérebro que movimento articular é necessário para manter a estabilidade", diz Nahas. Fazer exercícios de força sobre uma bola, por exemplo, aumenta a capacidade proprioceptiva. Implica maior consciência corporal e senso de equilíbrio.

Postura
Certinho, certinho, ninguém é. Mas, na hora de começar um trabalho com pesos, é bom prestar muita atenção à postura. O ideal seria que, antes, a pessoa passasse por uma avaliação postural séria. "Os desvios, assimetrias e compensações posturais de cada um precisam ser considerados para que o treino seja ajustado àquele corpo e não agrave um quadro que pode levar a uma lesão crônica. É importante detectar as alterações posturais de cada pessoa, para ensiná-la a treinar de um jeito que corrija aquela condição e não sobrecarregue áreas do corpo que, por causa da postura dela, já são muito exigidas no dia a dia", diz o treinador Luiz Fernando Alves.

Peso livre
Os pesos e as barras livres são normalmente indicados para quem já tem familiaridade com musculação, porque exigem mais coordenação entre os músculos envolvidos. "É melhor estar acompanhado ao fazer peso livre porque, se houver uma falha muscular ou a pessoa não aguentar o peso, ela não pode largá- lo, como no aparelho. Alguém tem que tirar o peso", afirma Valéria Bonganha, do Laboratório de Fisiologia do Exercício da Faculdade de Educação Física da Unicamp. A barra livre permite trabalhar a coordenação muscular. Quanto maior a coordenação, maior a carga que se consegue levantar. "Isso é importante no dia a dia e para quem quer hipertrofiar", diz Valéria Bonganha.

Qualidade de vida
Apesar de ser o efeito mais visível da musculação, a questão estética é só uma das consequências, e não a mais importante, segundo Ricardo Nahas. "O fortalecimento muscular permite que realizemos melhor todas as atividades do dia a dia, ajuda a prevenir lesões nos esportes, manter a massa óssea etc.", diz. O fortalecimento muscular também é indicado para tratamento e controle de artrose. "A musculatura mais desenvolvida absorve o impacto sobre as articulações, protegendo-as", diz o ortopedista Ricardo Cury. Também facilita o trabalho do coração, por melhorar o retorno do sangue das extremidades do corpo para o coração.

Repetições
Fazer mais repetições com pesos mais leves ou menos repetições com mais carga tem efeito similar na perda de peso e gordura. Segundo Dilmar Pinto Guedes Jr., do Cepe, mais repetições com pesos leves desenvolvem mais resistência, e menos exercícios com mais carga levam à maior hipertrofia. "Para quem quer apenas manter a massa muscular, é indicado fazer mais repetições com menos pesos", diz Ricardo Cury, médico do esporte e ortopedista da Santa Casa de São Paulo.

Refeições
Não vale comer mal e achar que se garante com isotônico. "A alimentação ao longo do dia gera reservas que fazem diferença. Se a pessoa treina de manhã, é o carboidrato que comeu no jantar que faz efeito. Quando treina cheia de carboidratos, não perde massa", diz a nutricionista Cynthia Antonaccio. O ideal é repor os nutrientes na primeira hora pós-treino. "As janelas do organismo estão abertas e sedentas. Os nutrientes serão aproveitados, e não estocados em forma de gordura. E o organismo se recupera mais rápido", diz Scantanelli. Só não vale exagerar: 30 g a 60 g de carboidrato bastam.

Sobrecarga
O músculo cria novas fibras quando submetido ao esforço do peso extra. E não são só os pesos livres, caneleiras ou aparelhos que proporcionam essa sobrecarga. O peso do próprio corpo também cumpre a função. A carga máxima é o maior peso que a pessoa consegue levantar uma única vez. "No treino voltado para a saúde, a sobrecarga é de 40% a 50% da carga máxima para cada pessoa", diz Lazzoli.

Suplemento
A suplementação de vitaminas e minerais não é consenso no Brasil, mas há profissionais que a defendem. "Considero prudente incluir um polivitamínico para preencher o que as pesquisas mais recentes mostram: o brasileiro não consome o suficiente de verduras e frutas", afirma Cynthia Antonaccio. O bioquímico Júlio Tirapeg, autor de "Nutrição, Metabolismo e Suplementação na Atividade Física" (ed. Atheneu), discorda. Segundo ele, só atletas de ponta, que fazem do esporte sua profissão, devem recorrer à suplementação. "Senão, é perda de tempo e dinheiro. O suplemento faz bem quando a pessoa tem alguma deficiência nutricional."

Tônus
Rigorosamente, tônus é o mínimo de contração que o músculo tem mesmo em repouso. "Só perdemos o tônus quando morremos. Essa ideia de 'tonificar' os músculos é algo que as academias vendem, mas não quer dizer nada", afirma Madolo. A expressão começou a ser usada para dissociar a musculação dos excessos da hipertrofia. Quem não quer músculos saltados diz só querer tonificá- los. "Sempre que há trabalho de força eficaz, há algum aumento do músculo", diz ele. Tonificar, então, é usado para indicar uma hipertrofia leve ou moderada. Já a "definição muscular" é, segundo Madolo, o ganho moderado de massa.

Treino funcional
É um treino de força em que vários grupos musculares são envolvidos para a execução de cada exercício -como nos movimentos que realizamos no dia a dia ou para a prática de algum esporte. Para desenvolver força, são usados vários grupos musculares ao mesmo tempo. "O treino funcional utiliza elásticos, roldanas ou o peso do próprio corpo, que impõem uma sobrecarga menor ao corpo", diz Cohen. Segundo Cury, o trabalho global -que inclui todos os grupos musculares- diminui o risco de lesões.

Vigorexia
Querer ficar cada vez mais forte e aumentar os músculos em proporções não naturais, a qualquer custo, é doença e tem nome: vigorexia. Todo vigoréxico faz exageradamente musculação. Não necessariamente porque goste do exercício em si, mas por esse ser um meio indispensável para atingir o seu objetivo de corpo ideal. Como só os exercícios não são suficientes, por causa da imagem corporal distorcida, essas pessoas começam a utilizar drogas anabolizantes que colocam a saúde em risco e causam alterações de humor, como depressão e ansiedade", diz Madolo. A prevalência do distúrbio é maior em homens, mas o número de mulheres com vigorexia está crescendo. O tratamento é feito com terapia cognitivo-comportamental.

Varizes
Embora a musculação favoreça a circulação de retorno (que traz o sangue das extremidades do corpo de volta ao coração), o que favorece o sistema circulatório, o peso usado no exercício e a hipertrofia dos músculos também sobrecarregam esse sistema, que tem de trabalhar mais. Isso pode causar um aumento do calibre das veias e, em algumas pessoas, deixá-las saltadas, segundo Cohen.

Zinco e magnésio
O zinco, presente em carnes vermelhas, feijão e ovos, tem participação importante na renovação celular. A deficiência de magnésio pode prejudicar os exercícios, porque o mineral está envolvido na produção de energia e na contração e no relaxamento muscular. Está presente em cereais integrais e verduras verde-escuro. Segundo a nutricionista Mirtes Scantanelli, esses minerais melhoram o ganho de massa muscular porque, teoricamente, favoreceriam a restauração mais rápida das células de proteína. "Mas não há evidência de que o consumo de suplementos acelere a renovação das células", diz. Além disso, o corpo absorve e aproveita melhor esses nutrientes quando consumidos na forma de alimentos.

Fonte: Folha Online

sábado, 15 de março de 2014

Whey Protein ajudar a prevenir obesidade e diabetes

Entenda como o Whey Protein pode ajudar a prevenir obesidade e diabetes

Suplemento tem em sua composição propriedades estimulantes e que auxiliam na produção de insulina

Por Guilherme Dias
Entenda como o Whey Protein pode ajudar a prevenir obesidade e diabetes
Fonte da imagem: Reprodução/What About

Se você já frequentou uma academia, ou ao menos conhece alguém que seja aficionado pela prática de musculação, já deve ter ouvido falar no suplemento Whey Protein. Da mesma forma, provavelmente já sabe também que essa proteína funciona como um elemento eficaz na estratégia para diminuir a fome — ou aumentar a saciedade — durante as dietas, mas você sabia que ela também age como arma contra a obesidade e diabetes tipo 2?

Proteínas em geral variam em sua capacidade de diminuir a hiperglicemia pós prandial — em outras palavras, o alto nível de glicose no sangue no período após a refeição —, mas proteínas do leite têm se mostrado excepcionalmente competentes ao provocar a produção de insulina, sendo Whey a mais eficiente entre elas, nesse aspecto.

O suplemento também demonstrou ter potencial termogênico, ou seja, ele faz subir a temperatura corporal, batimentos cardíacos e a disposição para a prática de exercícios, além de ter função estimulante. Para completar, estudos têm mostrado que elevações de leucina, aminoácido encontrado no Whey, anulam parcialmente a ingestão de calorias e aumentam os hormônios que mantêm você sem fome.

Dessa forma, ajudando a dar aquele pique na hora da atividade física — e consequentemente incitando uma maior perda de calorias no processo — e induzindo em nosso corpo a fabricação de insulina, hormônio responsável pela taxa de glicose no sangue, a proteína Whey atua como agente de prevenção contra a obesidade e diabetes tipo 2.



sábado, 1 de março de 2014

Alongar pode reduzir seu desempenho



Alongar antes de se exercitar pode reduzir seu desempenho

Estudos recentes concordam que o alongamento estático afeta a capacidade de força da musculatura e que o ideal é aquecer com movimentos dinâmicos.

Alongar antes de se exercitar pode reduzir seu desempenho

Desde as aulas de educação física na escola e até mesmo nas academias, nós fomos e somos orientados a alongar bem os músculos antes e depois de realizar qualquer tipo de exercício com o principal objetivo de evitar lesões.

Contudo, o estudo avançado da “ciência fitness” tem desmentido esse suposto mito. Em recente publicação, o blog de saúde Well, veiculado no jornal The New York Times, menciona duas pesquisas que fornecem razões para que você não alongue antes de se exercitar.

Desequilíbrio certo

O primeiro deles é um estudo que será publicado este mês no periódico científico The Journal of Strength and Conditioning Research, o qual concluiu que esticar os músculos antes de levantar peso, por exemplo, pode fazer com que você se sinta mais fraco e apresente movimentos instáveis durante o treino.

Fonte da imagem: Reprodução/iStock

Testes realizados com homens jovens e saudáveis, colocando-os para executar agachamentos com barra após terem ou não alongado, revelaram que há uma queda de até 8,3% na capacidade de levantamento de peso. Além disso, os participantes informaram que sentiram maior dificuldade para equilibrar suas ações após terem efetuado os alongamentos estáticos.

Potencial reduzido

Corroborando com esse pensamento, uma pesquisa realizada na Croácia, e publicada no The Scandinavian Journal of Medicine and Science in Sports, revisou uma série de experimentos anteriores e chegou à mesma constatação.

Os pesquisadores croatas selecionaram 104 estudos que usaram o alongamento estático como única forma de aquecimento, ou seja, os voluntários esticavam a sua musculatura e em seguida executam saltos, corriam, nadavam ou levantavam peso — tendo a sua força muscular monitorada e avaliada.

Fonte da imagem: Reprodução/iStock


Por meio de cálculos estatísticos sofisticados, os estudiosos conseguiram determinar quanto o alongamento afeta o desempenho posterior em atividades físicas. Os números alcançados surpreendem, principalmente para atletas de competição. Os resultados mostram que os músculos alongados perdem quase 5,5% da sua força — essa taxa pode ser maior quando os alongamentos são estendidos por mais de 90 segundos.

Embora esse valor seja menor em períodos de alongamento inferiores a 45 segundos, o fato é que músculos alongados são substancialmente mais fracos. O levantamento ainda aponta que a perda de rendimento média para pessoas comuns é de 2%.


Conclusões incertas
A explicação exata de porque o alongamento prejudica o desempenho durante atividades físicas ainda não foi bem compreendida pelos pesquisadores. A “suspeita” dos autores de ambos esses estudos é que ao esticarmos os músculos e tendões nós os estaríamos relaxando, o que justificaria a queda de rendimento.

Fonte da imagem: Reprodução/iStock


É válido salientar que os resultados mostrados por tais pesquisas se aplicam com maior fidelidade às pessoas que participam eventos que exigem força e poder de “explosão”, e menos de resistência.

Contudo, os especialistas e estudiosos concordam que o alongamento estático por si só não é a forma adequada de aquecimento. O ideal é que nós realizemos essa preparação de forma dinâmica, movimentando os músculos que serão exigidos durante o treino, como polichinelos e chutes altos.




sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

ABDOMINAL BANCO INCLINADO

Abdominal no banco inclinado



Músculos trabalhados: Ele permite trabalhar o conjunto da cintura abdominal, assim como o iliopsoas, o tensor da fáscia lata e o reto femoral do quadríceps, estes músculos agindo na anteversão da pelve.

Modo de executar o exercício: Sentado sobre o banco, pés seguros pelos apoios, mãos atrás da nuca, inspirar i inclinar o tronco jamais ultrapassando 20º:

-subir arredondando levemente as costas para melhor localizar sobre o reto abdominal. Expirar no final do movimento.

Este exercício deve ser realizado em séries longas.

Variante:Efetuando a rotação do tronco durante o seu endireitamento, nós transferimos parte do esforço para os oblíquos.
Exemplo:uma rotação para a esquerda trabalhará mais intensamente o oblíquo externo direito, o oblíquo interno esquerdo, assim como o reto abdominal direito.
As torções são efetuadas alternadamente ou em séries unilaterais. Em todos os casos, o objetivo é se concentrar nas sensações musculares e é inútil inclinar o banco em demasia.


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

SENHOR DE 70 ANOS MAIS FORTE QUE VOCÊ

Acredite se quiser: este senhor de 70 anos é mais forte que você



O fisiculturista que você vai conhecer a seguir é um exemplo vivo de perseverança e autoconfiança.



Por Daiana Geremias

Acredite se quiser: este senhor de 70 anos é mais forte que você [vídeo]
Fonte da imagem: Reprodução/Johnmichaelsullivan

Você vai conhecer agora um senhor de 70 anos que deixa sua forma física, independente de qual ela seja, simplesmente no chinelo. Estamos falando de Sam Sonny Bryant Jr, um fisiculturista que começou a malhar aos 44 anos.

No começo, ir à academia era a forma que ele encontrava para aliviar o stress de um casamento que não estava dando certo. De acordo com Bryant, o começo foi difícil, pois ele não sabia fazer muitos dos exercícios, mas a persistência fez com que, aos poucos, ele se tornasse um dos melhores. Não demorou muito para que ele começasse a participar de competições de força e forma física.

Fisiculturista aos 70? Sim, e daí?
Fonte da imagem: YouTube


Quando começou a ganhar algumas competições, o amor pelos exercícios de musculação só aumentou e foi então que, quase aos 50 anos, Bryant começou uma vida de fisiculturista. Ele conta que muitas pessoas questionam sua rotina intensa de atividades físicas aos 70 anos de idade, mas as críticas não têm peso na vida de Bryant, que se sente cada vez melhor.

Uma de suas grandes satisfações é inspirar pessoas a praticar atividades físicas, principalmente as mais jovens, que não acreditam no próprio potencial. Abaixo, veja um vídeo (em inglês) sobre a vida e os treinos desse campeão e depois nos conte: será que você terá essa energia toda quando chegar aos 70?







segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

ABDOMINAL PERNAS SOBRE UM BANCO

Abdominal Pernas Apoiadas Sobre um Banco



Músculos trabalhados:Este exercício localiza o esforço sobre os retos abdominais, mais intensamente sobre suas partes infra-umbilicais. 


Deve ser observado que afastando o tronco do banco, nós aumentamos a mobilidade da pelve, o que permite elevar o tronco elevando o quadril pela contração do iliopsoas, do tensor da fáscia lata e do reto da coxa.


Modo de executar o exercício:As pernas apoiadas sobre um banco, tronco no solo, mãos atrás da cabeça:

-inspirar e elevar os ombros, arredondando as costas, para tentar tocar os joelhos com a cabeça. Expirar no final do movimento.



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Academia Hardcore da Ucrânia

Vai encarar um treino nesta academia hardcore da Ucrânia?


Se você é daqueles que não encontram motivação para estar todos os dias na academia e quando vão além de não malhar pesado, estão sempre à espera de novos aparelhos modernos e um ótimo ambiente para se exercitar!

Veja o que esses amantes da musculação estão dispostos a enfrentar para se manter em boa forma.

Academia é gratuita, possui 10 mil metros quadrados, fica ao céu aberto e todos os aparelhos foram produzidos com sucata.

Por Fernando Daquino
Vai encarar um treino nesta academia hardcore da Ucrânia?
Fonte da imagem: Kirill Golovchenko


Se você acha que pega pesado na academia todos os dias é porque ainda não conheceu a Kachalka Muscle Beach, que existe desde o início da década de 70 na cidade de Kiev, na Ucrânia.

Essa academia a céu aberto e perto da praia, que possui cerca de 10 mil metros quadrados, é uma das únicas na qual você “puxaria ferro” de verdade. Isso porque todos os aparelhos disponíveis no local foram fabricados com metal reutilizado — popularmente conhecido como sucata.

Os equipamentos são bastante “rústicos” e alguns até parecem máquinas de alguma fábrica velha e abandonada. Apesar de a aparência do recinto assustar um pouco, pelo o que vimos nas fotos feitas por Kirill Golovchenko, a Kachalka Muscle Beach não é frequentada somente por marombados ou marombadas.

Magrelos, gordinhos, adolescentes e até senhores de mais idade tem espaço para praticar sua musculação diária, faça chuva ou faça sol! Outra vantagem em se exercitar na Kachalka é que você não precisa pagar nada: ela é gratuita. E aí, você encararia um treino pesado nessa academia? Confira mais fotografias abaixo.




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

ABDOMINAL PÉS FIXOS

Abdominal com os pés fixos





Músculos trabalhados: Este exercício trabalha o reto abdominal e, numa menor extensão, os oblíquos externos e internos.

Modo de executar o exercício: Os pés apoiados na grade, coxas na vertical, tronco no solo, mãos atrás da cabeça:
- inspirar e levantar o tronco o mais alto possível, arredondando a coluna vertebral. Expirar no final do movimento.

Deve ser observado que, ao afastar o tronco da grade e apoiando os pés mais baixo, nós aumentamos a mobilidade da pelve, permitindo maiores oscilações e uma melhor solicitação dos músculos flexores do quadril (iliopsoas, reto da coxa e tensor da fáscia lata).




sábado, 15 de fevereiro de 2014



Confira a evolução do fisiculturismo em 13 fotos



As técnicas para a perfeita definição muscular estão cada vez mais aprimoradas e o esporte, mais difundido.



Por Daiana Geremias


Não é de hoje que o fisiculturismo atrai adeptos em todo o mundo, mas essa prática de trabalho corporal ainda é considerada relativamente nova, já que começou a ser reconhecida como esporte em meados de 1880. A primeira competição para classificar os melhores fisiculturistas ocorreu em 1901, em Londres, graças a Eugen Sandow, um dos adeptos mais famosos da modalidade, reconhecido até hoje.

O segundo concurso foi promovido três anos depois, em Nova York e, desde então, esse tipo de evento tem se tornado cada vez mais popular, sendo realizado com frequência em diferentes partes do mundo. A seguir, confira a evolução do fisiculturismo com o passar do tempo:

1905


Fonte da imagem:Reprodução/Sobadsogood

1935
Fonte da imagem:Reprodução/Sobadsogood

1938

Fonte da imagem:Reprodução/Sobadsogood

1940

Fonte da imagem:Reprodução/Sobadsogood

1951

Fonte da imagem:Reprodução/Sobadsogood

1955

Fonte da imagem:Reprodução/Sobadsogood

1956


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1961

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1964

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1971

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1976

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1980

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2012

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FONTE: So Bad so Good